Índice
$LANG
"
$PATH
"
$HOME
"
Acho que aprender um sistema de computador é como aprender uma nova língua estrangeira. Apesar dos livros e documentação darem ajuda, tem que praticar também. De modo a ajudá-lo a iniciar suavemente, elaborei alguns pontos básicos.
O design poderoso da Debian GNU/Linux vem do sistema operativo Unix, isto é, um sistema operativo multi-utilizador e multi-tarefa. Necessita aprender a tirar vantagem do poder destas funcionalidades e semelhanças entre Unix e GNU/Linux.
Não se esconda dos textos orientados ao Unix e não se guie somente nos textos de GNU/Linux, por isto rouba-lhe muita informação útil.
Nota | |
---|---|
Se tem usado qualquer sistema de tipo Unix com ferramentas de linha de comandos, provavelmente já sabe tudo o que explico aqui. Por favor use isto como um teste de realidade e refrescamento. |
Upon starting the system, you are presented with the character based login
screen if you did not install any GUI environment
such as GNOME or KDE
desktop system. Suppose your hostname is foo
, the login
prompt looks as follows.
If you installed a GUI environment, then you can still get to the character based login prompt by Ctrl-Alt-F3, and you can return to the GUI environment via Ctrl-Alt-F2 (see Secção 1.1.6, “Consolas virtuais” below for more).
foo login:
Na prompt de login, escreva o seu nome de utilizador,
p.e. penguin
e carregue na tecla Enter, depois escreva a
sua palavra-passe e carregue novamente na tecla Enter.
Nota | |
---|---|
A seguir a tradição do Unix, o nome de utilizador e palavra-passe do sistema
Debian são sensíveis a maiúsculas/minúsculas. O nome de utilizador é
geralmente escolhido apenas em minúsculas. A primeira conta de utilizador é
normalmente criada durante a instalação. Podem ser criadas contas de
utilizador adicionais com |
O sistema inicia com a mensagem de boas vindas armazenada em
"/etc/motd
" (Mensagem do Dia) e apresenta uma prompt de
comandos.
Debian GNU/Linux 12 foo tty3 foo login: penguin Password: Linux foo 6.5.0-0.deb12.4-amd64 #1 SMP PREEMPT_DYNAMIC Debian 6.5.10-1~bpo12+1 (2023-11-23) x86_64 The programs included with the Debian GNU/Linux system are free software; the exact distribution terms for each program are described in the individual files in /usr/share/doc/*/copyright. Debian GNU/Linux comes with ABSOLUTELY NO WARRANTY, to the extent permitted by applicable law. Last login: Wed Dec 20 09:39:00 JST 2023 on tty3 foo:~$
Está agora na shell. A shell interpreta os seus comandos.
If you installed a GUI environment during the installation, you are presented with the graphical login screen upon starting your system. You type your username and your password to login to the non-privileged user account. Use tab to navigate between username and password, or use the primary click of the mouse.
You can gain the shell prompt under GUI environment by starting a
x-terminal-emulator
program such as
gnome-terminal
(1), rxvt
(1) or
xterm
(1). Under the GNOME desktop environment, press
SUPER-key (Windows-key) and typing in "terminal" to the search prompt does
the trick.
Em alguns Ambientes de Trabalho (como o fluxbox
), pode
não existir um ponto de partida óbvio para o menu. Se isto acontecer, tente
clicar (botão direito) no fundo do ambiente de trabalho e espere que apareça
um menu.
A conta root também é chamada como de super utilizador ou de utilizador privilegiado. A partir desta conta, pode executar as seguintes tarefas de administração do sistema:
Ler, escrever e remover quaisquer ficheiros no sistema independentemente das permissões deles
Definir o dono e permissões de quaisquer ficheiros no sistema
Definir a palavra-passe de quaisquer utilizadores não privilegiados do sistema
Iniciar sessão (Login) em qualquer conta sem a palavra-passe deles
Este poder ilimitado da conta root requer que você seja atento e responsável quando a utilizar.
Atenção | |
---|---|
Nunca partilhe a palavra-passe de root com outros. |
Nota | |
---|---|
As permissões de um ficheiro (incluindo aparelhos de hardware como CD-ROM etc. os quais são apenas outros ficheiros para o sistema Debian) podem torná-lo não-utilizável ou inacessível para utilizadores não-root. Apesar da utilização da conta root ser um modo rápido de testar este tipo de situação, a resolução dela deve ser feita através da definição correcta das permissões do ficheiro e membros dos grupos de utilizadores. (veja Secção 1.2.3, “Permissões do sistema de ficheiros”). |
Aqui estão alguns métodos básicos de obter o prompt da shell de root ao utilizar a palavra-passe do root:
Escreva root
na prompt de login baseada em caracteres.
Escreva "su -l
" na prompt da shell de qualquer
utilizador.
Isto não preserva o ambiente do utilizador atual.
Escreva "su
" na prompt de shell de qualquer utilizador.
Isto preserva algum do ambiente do utilizador atual.
When your desktop menu does not start GUI system administration tools
automatically with the appropriate privilege, you can start them from the
root shell prompt of the terminal emulator, such as
gnome-terminal
(1), rxvt
(1), or
xterm
(1). See Secção 1.1.4, “A linha de comandos shell do root”
and Secção 7.9, “X server connection”.
Atenção | |
---|---|
Never start the GUI display/session manager under the root account by typing
in Nunca execute programas GUI remotos que não sejam confiáveis no X Window quando é mostrada informação critica porque pode "espiar" o seu ecrã X. |
Por omissão no sistema Debian existem disponíveis seis consolas de
caracteres alternáveis tipo VT100 para
arrancar a shell de comandos directamente na máquina Linux. A menos
queesteja num ambiente GUI, pode mudar entre consolas virtuais ao pressionar
Left-Alt-key
e simultaneamente numa das teclas
F1
— F6
. Cada consola de caracteres
permite um login independente à conta e oferece um ambiente
multi-utilizador. Este ambiente multi-utilizador é uma funcionalidade
excelente do Unix e muito viciante.
If you are in the GUI environment, you gain access to the character console
3 by pressing Ctrl-Alt-F3
key, i.e., the
left-Ctrl-key
, the left-Alt-key
, and
the F3-key
are pressed together. You can get back to the
GUI environment, normally running on the virtual console 2, by pressing
Alt-F2
.
You can alternatively change to another virtual console, e.g. to the console 3, from the commandline.
# chvt 3
Escreva Ctrl-D
, isto é, a
tecla-Ctrl-esquerda
e a tecla d
pressionadas ao mesmo tempo, na linha de comandos para fechar a atividade da
shell. Se estiver na consola de caracteres, com isto, retorna ao aviso de
login. Mesmo que estes caracteres de controle sejam referidos como "control
D" com letra maiúscula, não precisa de pressionar a tecla Shift. A expressão
curta, ^D
, também é usada para
Ctrl-D
. Em alternativa pode escrever "exit".
Se estiver no x-terminal-emulator
(1), com isto pode
fechar a janela do x-terminal-emulator
.
Tal como qualquer outro SO moderno onde operar ficheiros involve pôr dados em cache em memória para melhorar a performance, o sistema Debian precisa de um processo apropriado de desligar antes que a energia possa ser, em segurança, desligada. Isto é para manter a integridade dos ficheiros, ao forçar todas as alterações em memória a serem escritas no disco. Se estiver disponível software de controle de energia, o processo de desligar desliga automaticamente a energia do sistema. (Caso contrário, pode ter de pressionar o botão de energia por alguns segundos após o procedimento de desligar.)
Pode desligar o sistema sob o modo normal de multi-utilizador a partir da linha de comandos.
# shutdown -h now
Pode desligar o sistema sob o modo único-utilizador a partir da linha de comandos.
# poweroff -i -f
Veja a Secção 6.3.8, “Como desligar o sistema remoto em SSH”.
Quando o ecrã fica estranho após fazer coisas estranhas tal como
"cat qualquer-ficheiro-binário
",
escreva "reset
" na linha de comandos. Poderá não ver o
comando a aparecer quando o escreve. Também pode utilizar
"clear
" para limpar o ecrã.
Apesar de mesmo uma instalação mínima do sistema Debian sem quaisquer
tarefas de ambiente de trabalho disponibilizar as funcionalidades básicas do
Unix, é uma boa ideia instalar alguns pacotes baseados em linha de comandos
e terminais de caracteres baseados em curses tais como o
mc
e o vim
com o
apt-get
(8) para os iniciantes começarem, pelo seguinte:
# apt-get update ... # apt-get install mc vim sudo aptitude ...
Se já tiver estes pacotes instalados, não serão instalados novos pacotes.
Tabela 1.1. Lista de pacotes de programas interessantes em modo de texto
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
mc
|
V:50, I:209 | 1542 | Um gestor de ficheiro de ecrã completo em modo de texto |
sudo
|
V:688, I:841 | 6550 | Um programa para permitir privilégios de root limitados aos utilizadores |
vim
|
V:95, I:369 | 3743 | O editor de texto de Unix Vi IMproved, um editor de texto para programadores (versão standard) |
vim-tiny
|
V:58, I:975 | 1722 | O editor de texto de Unix Vi IMproved, um editor de texto para programadores (versão compacta) |
emacs-nox
|
V:4, I:16 | 39647 | Emacs do Projecto GNU, o editor de texto extensível baseado em Lisp |
w3m
|
V:15, I:187 | 2837 | Navegadores de WWW de modo de texto |
gpm
|
V:10, I:12 | 521 | O cortar-e-colar estilo Unix na consola de texto (daemon) |
Pode ser uma boa ideia ler algumas documentações informativas.
Tabela 1.2. Lista de pacotes de documentação informativa
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
doc-debian
|
I:867 | 187 | Documentação do Projecto Debian, (FAQ do Debian) e outros documentos |
debian-policy
|
I:14 | 4659 | Manual de Políticas Debian e documentos relacionados |
developers-reference
|
V:0, I:5 | 2601 | Guias e informação para programadores de Debian |
debmake-doc
|
I:0 | 11701 | Guide for Debian Maintainers |
debian-history
|
I:0 | 4692 | História do Projecto Debian |
debian-faq
|
I:865 | 790 | FAQ do Debian |
Pode instalar alguns destes pacotes com o seguinte.
# apt-get install package_name
Se não deseja usar a sua conta de utilizador principal para as seguintes
atividades de treino, pode criar uma conta de utilizador para treinos, por
exemplo, fish
, a fazer o seguinte:
# adduser fish
Responder a todas as questões.
Isto cria uma conta chamada fish
. Após praticar, pode
remover esta conta de utilizador e o diretório home dele a fazer o seguinte:
# deluser --remove-home fish
On non-Debian and specialized Debian systems, above activities need to use
lower level useradd
(8) and userdel
(8)
utilities, instead.
Para a típica estação de trabalho de um único utilizador como o ambiente de
trabalho do sistema Debian no PC portátil, é comum implementar uma
configuração simples do sudo
(8) como a seguir para
permitir ao utilizador não-privilegiado, ex. penguin
,
ganhar privilégios administrativos apenas com a sua palavra-passe de
utilizador mas sem a palavra-passe do root.
# echo "penguin ALL=(ALL) ALL" >> /etc/sudoers
Em alternativa, é também comum fazer como a seguir para permitir a um
utilizador não privilegiado, ex. penguin
, ganhar
privilégios administrativos sem qualquer palavra-passe.
# echo "penguin ALL=(ALL) NOPASSWD:ALL" >> /etc/sudoers
Este truque só deve ser usado na estação de trabalho de um único utilizador que administra e onde é o único utilizador.
Atenção | |
---|---|
Não configure assim as contas de utilizadores normais numa estação de trabalho multi-utilizador porque seria muito mau para a segurança do sistema. |
Cuidado | |
---|---|
A palavra-passe e a conta O privilégio administrativo neste contexto pertence a alguém autorizado a executar as tarefas de administração do sistema numa estação de trabalho. Nunca dê tais privilégios a um gestor do departamento Administrativo da sua firma ou ao seu chefe a menos que eles sejam autorizados e capazes. |
Nota | |
---|---|
Para disponibilizar privilégios de acesso a aparelhos limitados e ficheiros
limitados, deve considerar usar o group
para disponibilizar acesso limitado em vez de usar os privilégios do
Com uma configuração melhor pensada e cuidada, o |
Agora está pronto para brincar com o sistema Debian sem riscos desde que use a conta de utilizador sem-privilégios.
Isto porque o sistema Debian é, mesmo após uma instalação predefinida, configurado com permissões de ficheiros apropriadas que previne os utilizadores não privilegiados de danificarem o sistema. É claro, podem ainda existir alguns buracos que possam ser explorados mas aqueles que se preocupam com estes problemas não deveriam ler esta secção e deveriam ler o Manual de Segurança Debian.
Aprendemos o sistema Debian como um sistema tipo Unix com o seguinte:
Secção 1.2, “Sistema de ficheiros tipo Unix” (conceitos básicos)
Secção 1.3, “Midnight Commander (MC)” (método de sobrevivência)
Secção 1.4, “O ambiente de trabalho estilo Unix básico” (método básico)
Secção 1.5, “O comando simples da shell” (mecanismo da shell)
Secção 1.6, “Processamento de texto estilo Unix” (método de processamento de texto)
No GNU/Linux e noutros sistemas operativos tipo
Unix, os ficheiros estão organizados em
diretórios. Todos os ficheiros e
diretórios estão organizados numa grande árvore que nasce em
"/
". É chamada uma árvore porque se desenhar o sistema de
ficheiros, parece-se com uma árvore mas está de cabeça para baixo.
Estes ficheiros e diretórios podem estar espalhados por vários
aparelhos. mount
(8) serve para anexar o sistema de
ficheiros encontrado num aparelho à grande árvore de
ficheiros. Reciprocamente, umount
(8) desanexa-os
novamente. Nos kernel Linux recentes, o mount
(8) com
algumas opções pode unir parte de uma árvore de ficheiros noutro lugar ou
pode montar um sistema de ficheiros como partilhado, privado, escravo ou
não-unível. As opções do mount suportadas para cada sistema de ficheiros
estão disponíveis em
"/usr/share/doc/linux-doc-*/Documentation/filesystems/
".
Os diretórios no sistema Unix são
chamados pastas nalguns outros
sistemas. Por favor note também que não existe conceito para drive tal como "A:
" em qualquer
sistema Unix. Existe um sistema de ficheiros e tudo está incluído nele. Esta
é uma enorme vantagem em comparação com o Windows.
Aqui estão algumas noções básicas de ficheiros Unix:
Os nomes de ficheiro são sensíveis a
maiúsculas/minúsculas. Isto é, "MEUFICHEIRO
" e
"MeuFicheiro
" são ficheiros diferentes.
O diretório raiz significa a raiz do
sistema de ficheiros e é referido simplesmente como
"/
". Não confundir isto com o diretório pessoal do
utilizador root: "/root
".
Todos os diretórios têm um nome que pode conter quaisquer letras ou símbolos
excepto "/
". O
diretório raiz é uma excepção. O nome dele é "/
"
(pronuncia-se "slash" ou "o diretório raiz") e não pode ser renomeado.
Cada ficheiro ou diretório é designado por um nome de ficheiro totalmente qualificado, nome de ficheiro absoluto, ou caminho, que fornece a sequência de diretórios que têm de ser percorridos para o alcançar. Estes três termos são sinónimos.
Todos os nomes de ficheiro totalmente
qualificados começam com o diretório "/
" e
existe um "/
" entre cada diretório ou ficheiro no nome do
ficheiro. O primeiro "/
" é o diretório de nível de topo e
os outros "/
"' separam sucessivamente os sub-diretórios,
até que se chegue à última entrada que é o nome real do ficheiro. As
palavras utilizadas aqui conseguem ser confusas. Veja o seguinte nome de ficheiro completamente qualificado como um
exemplo: "/usr/share/keytables/us.map.gz
". No entanto, as
pessoas também se referem ao seu nome base sozinho
"us.map.gz
" como um nome de ficheiro.
O diretório raiz tem algumas ramificações, tais como
"/etc/
" e "/usr/
". Estes
sub-diretórios por sua vez ramificam-se em mais sub-diretórios, tais como
"/etc/systemd/
" e "/usr/local/
". O
todo, visto em conjunto, é a chamada árvore de
diretórios. Pode pensar num nome de ficheiro absoluto como um
caminho desde a base da árvore ("/
") até ao fim de um
ramo (um ficheiro). Também pode ouvir pessoas falar da árvore de diretórios
como se fosse uma árvore de família a
juntar todos os descendentes diretos numa única figura chamada de diretório
raiz ("/
"): assim, os sub-diretórios têm pais e um caminho mostra a linhagem completa de um
ficheiro. Existem também caminhos relativos que começam algures noutro ponto
que não o diretório raiz. Deve lembrar-se que o diretório
"../
" refere-se ao diretório pai. Esta terminologia
também se aplica a outras estruturas semelhantes a diretórios, como
estruturas hierárquicas de dados.
Não existe componente especial no nome de caminho que corresponde a um
aparelhos físico, tal como o seu disco rígido. Isto difere de RT-11, CP/M, OpenVMS, MS-DOS, AmigaOS e Microsoft
Windows, onde o caminho contém um nome de aparelho tal como
"C:\
". (No entanto, existem entradas nos diretórios que
referem-se a aparelhos físicos como parte do sistema de ficheiros
normal. Veja Secção 1.2.2, “Internos do sistema de ficheiros”.)
Nota | |
---|---|
Apesar de poder usar quase todas as
letras ou símbolos num nome de ficheiro, na prática é má ideia fazê-lo. É
melhor evitar quaisquer caracteres que geralmente têm significados especiais
na linha de comandos, incluindo espaços, tabs, novas linhas e outros
caracteres especiais: |
Nota | |
---|---|
A palavra "root" pode significar o "utilizador root" ou o "diretório raiz (root)". O contexto da utilização deles deve torná-lo claro. |
Nota | |
---|---|
A palavra caminho (path) é usada não apenas para o nome-de-ficheiro totalmente qualificado como em cima mas também para o caminho de busca de comandos. O significado pretendido é geralmente claro a partir do contexto. |
As melhores práticas detalhadas para a hierarquia de ficheiros estão
descritas no Filesystem Hierarchy Standard
("/usr/share/doc/debian-policy/fhs/fhs-2.3.txt.gz
" e
hier
(7)). Deve lembrar-se dos seguintes factos como
princípio:
Tabela 1.3. Lista de utilização de diretórios chave
diretório | utilização do diretório |
---|---|
/ |
o diretório raiz |
/etc/ |
ficheiros de configuração de todo o sistema |
/var/log/ |
ficheiros log do sistema |
/home/ |
todos os diretórios home de todos os utilizadores não privilegiados |
A seguir a tradição do Unix, o sistema
Debian GNU/Linux disponibiliza o sistema de
ficheiros sob o qual residem os dados físicos em discos rígidos e
outros aparelhos de armazenamento e a interacção com os aparelhos de
hardware como ecrãs de consola e consolas série remotas são representados
num modo unificado sob "/dev/
".
Cada ficheiro, diretório, 'named pipe' (um modo de dois programas partilharem dados), ou aparelho físico num sistema Debian GNU/Linux tem uma estrutura de dados chamada inode que descreve os seus atributos associados como o utilizador que o possui (o dono), o grupo a que pertence, a hora do último acesso, etc. A ideia de representar praticamente tudo no sistema de ficheiros foi uma inovação do Unix e os modernos kernel Linux desenvolveram esta ideia ainda mais. Atualmente, até informação sobre os processos que correm no computador encontra-se no sistema de ficheiros.
Esta representação abstracta e unificada de entidades físicas e processos internos é muito poderosa porque permite-nos utilizar o mesmo comando para o mesmo tipo de operação em muitos aparelhos totalmente diferentes. É mesmo possível alterar o modo como o kernel funciona ao escrever dados em ficheiros especiais que estão ligados a processos em execução.
Dica | |
---|---|
Se necessitar identificar a correspondência entre a árvore de ficheiros e a
entrada física, execute |
As Permissões de sistemas de ficheiros de sistemas tipo-Unix são definidas por três categorias de utilizadores afetados:
O utilizador que é dono do ficheiro (u)
Outros utilizadores no grupo ao qual o ficheiro pertence (g)
Todos os outros utilizadores (o) também referido como "mundo" e "todos"
Para o ficheiro, cada permissão correspondente permite as seguintes ações:
A permissão read (r) permite ao dono examinar o conteúdo do ficheiro.
A permissão write (w) permite ao dono modificar o ficheiro.
A permissão execute (x) permite ao dono correr o ficheiro como um comando.
Para o diretório, cada permissão correspondente permite as seguintes ações:
A permissão read (r) permite ao dono listar o conteúdo do diretório.
A permissão write (w) permite ao dono adicionar ou remover ficheiros no diretório.
A permissão execute (x) permite ao dono aceder aos ficheiro no diretório.
Aqui, a permissão execute num diretório significa não só permitir a leitura dos ficheiros nesse diretório mas também permitir visualizar os seus atributos, tais como o tamanho e a hora de modificação.
ls
(1) é utilizado para mostrar informação de permissões
(e mais) para ficheiros e diretórios. Quando é invocado com a opção
"-l
", mostra a seguinte informação na ordem apresentada:
Tipo de ficheiro (primeiro caractere)
Permissão de acesso do ficheiro (nove caracteres, a consistir em três caracteres cada para utilizador, grupo e outros por esta ordem)
Quantidade de ligações rígidas ao ficheiro
Nome do utilizador dono do ficheiro
Nome do grupo ao qual o ficheiro pertence
Tamanho do ficheiro em caracteres (bytes)
Data e hora do ficheiro (mtime)
Nome do ficheiro
Tabela 1.4. Lista do primeiro caractere da saída de "ls -l
"
caractere | significado |
---|---|
- |
ficheiro normal |
d |
diretório |
l |
ligação simbólica |
c |
nó de aparelho de caractere |
b |
nó de aparelho de bloco |
p |
named pipe |
s |
socket |
chown
(1) é utilizado a partir da conta de root para
alterar o dono do ficheiro. chgrp
(1) é utilizado a partir
da conta do dono do ficheiro ou da conta root para alterar o grupo do
ficheiro. chmod
(1) é usado a partir da conta do dono do
ficheiro ou da conta root para alterar as permissões de acesso ao ficheiro
ou diretório. A sintaxe básica para manipular o ficheiro
foo
é a seguinte:
# chown newowner foo # chgrp newgroup foo # chmod [ugoa][+-=][rwxXst][,...] foo
Por exemplo, pode fazer com que uma árvore de diretórios tenha como dono o
utilizador foo
e seja partilhada pelo grupo
bar
pelo seguinte:
# cd /some/location/
# chown -R foo:bar .
# chmod -R ug+rwX,o=rX .
Existem mais três bits especiais de permissões.
O bit set user ID (s ou S em vez do x do utilizador)
O bit set group ID (s ou S em vez do x do grupo)
O bit sticky (t ou T em vez do x dos outros)
Aqui o resultado de "ls -l
" para estes bits é capitalizado se a execução de bits escondidos por
estes resultados estiverem não definidos.
Definir set user ID num ficheiro executável permite a um utilizador executar o ficheiro executável com o ID do dono do ficheiro (por exemplo root). De modo semelhante, definir set group ID num ficheiro executável permite a um utilizador executar o ficheiro executável com o ID de grupo do ficheiro (por exemplo root). Porque estas definições podem causar riscos de segurança, activá-las requer precauções extra.
Definir set group ID num diretório activa o esquema de criação de ficheiros ao estilo BSD onde todos os ficheiros criados no diretório pertencem ao grupo do diretório.
Definir o sticky bit num diretório
previne que um ficheiro nesse diretório seja removido por um utilizador que
não seja o dono do ficheiro. De modo a tornar o conteúdo de um ficheiro
seguro em diretórios onde todos têm acesso de escrita, como o
"/tmp
" ou em diretórios onde um grupo tem acesso de
escrita, não basta reiniciar a permissão de escrita do ficheiro mas também definir o sticky bit no diretório. Caso contrário, o ficheiro
pode ser removido e pode ser criado um novo ficheiro com o mesmo nome por
qualquer utilizador que tenha acesso de escrita no diretório.
Aqui estão alguns exemplos interessantes de permissões de ficheiros:
$ ls -l /etc/passwd /etc/shadow /dev/ppp /usr/sbin/exim4 crw------T 1 root root 108, 0 Oct 16 20:57 /dev/ppp -rw-r--r-- 1 root root 2761 Aug 30 10:38 /etc/passwd -rw-r----- 1 root shadow 1695 Aug 30 10:38 /etc/shadow -rwsr-xr-x 1 root root 973824 Sep 23 20:04 /usr/sbin/exim4 $ ls -ld /tmp /var/tmp /usr/local /var/mail /usr/src drwxrwxrwt 14 root root 20480 Oct 16 21:25 /tmp drwxrwsr-x 10 root staff 4096 Sep 29 22:50 /usr/local drwxr-xr-x 10 root root 4096 Oct 11 00:28 /usr/src drwxrwsr-x 2 root mail 4096 Oct 15 21:40 /var/mail drwxrwxrwt 3 root root 4096 Oct 16 21:20 /var/tmp
Existe um modo numérico alternativo para descrever as permissões do ficheiro
com o chmod
(1). Este modo numérico utiliza 3 ou 4 dígitos
em numeração octal (radix=8).
Tabela 1.5. O modo numérico para permissões de ficheiros em comandos
chmod
(1)
digito | significado |
---|---|
1º digito opcional | soma de set user ID (=4), set group ID (=2) e sticky bit (=1) |
2º digito | soma das permissões leitura (=4), escrita (=2) e executável (=1) para o utilizador |
3º digito | idem para grupo |
4º digito | idem para outros |
Isto parece complicado mas na verdade é bastante simples. Se observar as
primeiras colunas (2-10) do resultado do comando "ls -l
"
e lê-las como uma representação binária (radix=2) das permissões do
ficheiros ("-" a ser "0" e "rwx" a ser "1"), os últimos três dígitos do
valor de modo numérico para si deverão fazer sentido como uma representação
octal (radix=8) das permissões do ficheiro.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ touch foo bar $ chmod u=rw,go=r foo $ chmod 644 bar $ ls -l foo bar -rw-r--r-- 1 penguin penguin 0 Oct 16 21:39 bar -rw-r--r-- 1 penguin penguin 0 Oct 16 21:35 foo
Dica | |
---|---|
Se necessitar aceder a informação mostrada por " |
As permissões que são aplicadas ao criar ficheiros e diretórios novos é
restringida pelo comando embutido da shell umask
. Veja
dash
(1), bash
(1) e
builtins
(7).
(file permissions) = (requested file permissions) & ~(umask value)
Tabela 1.6. Exemplos do valor umask
umask | permissões do ficheiro criadas | permissões do diretório criadas | utilização |
---|---|---|---|
0022 |
-rw-r--r-- |
-rwxr-xr-x |
apenas pode ser escrito pelo utilizador |
0002 |
-rw-rw-r-- |
-rwxrwxr-x |
pode ser escrito pelo grupo |
O sistema Debian usa um esquema de grupo privado de utilizadores (UPG). Um
UPG é criado sempre que um novo utilizador é adicionado ao sistema. Um UPG
tem o mesmo nome que o utilizador para o qual foi criado e esse utilizador é
o único membro do UPG. O esquema UPG torna seguro definir a umask para
0002
já que cada utilizador tem o próprio grupo privado
dele. (Em algumas variantes de Unix, é bastante comum configurar os
utilizadores normais a pertencerem a um único grupo users
e por segurança é uma boa
ideia definir a umask para 0022
nesses casos.)
Dica | |
---|---|
Active UPG ao pôr " |
Atenção | |
---|---|
Please make sure to save unsaved changes before doing reboot or similar actions. |
You can add a user penguin
to a group
bird
in two steps:
Change group configuration using one of following:
Execute "sudo usermod -aG bird penguin
".
Execute "sudo adduser penguin bird
". (only on typical
Debian systems)
Execute "sudo vigr
" for /etc/group
and
"sudo vigr -s
" for /etc/gshadow
to
append penguin
in the line for bird
.
Apply configuration using one of following:
Cold reboot and login. (Best option)
Execute "kill -TERM -1
" and do some fix-up actions such
as "systemctl restart NetworkManager.service
".
Logout via GUI menu and login.
You can remove a user penguin
from a group
bird
in two steps:
Change group configuration using one of following:
Execute "sudo usermod -rG bird penguin
".
Execute "sudo deluser penguin bird
". (only on typical
Debian systems)
Execute "sudo vigr
" for /etc/group
and
"sudo vigr -s
" for /etc/gshadow
to
remove penguin
in the line for bird
.
Apply configuration using one of following:
Cold reboot and login. (Best option)
Execute "kill -TERM -1
" and do some fix-up actions such
as "systemctl restart NetworkManager.service
".
Logout via GUI menu is not an option for Gnome Desktop.
Any warm reboot attempts are fragile replacements of the real cold reboot under the modern desktop system.
Nota | |
---|---|
Em alternativa, pode adicionar dinamicamente utilizadores aos grupos durante
o processo de autenticação ao adicionar a linha " |
Os aparelhos de hardware são apenas outro tipo de ficheiros no sistema Debian. Se tiver problemas a aceder a aparelhos como o CD-ROM e memórias USB a partir de uma conta de utilizador, deve tornar esse utilizador um membro do grupo relevante.
Alguns grupos notáveis disponibilizados pelo sistema permitem aos seus
membros aceder a ficheiros e aparelhos particulares sem privilégios de
root
.
Tabela 1.7. Lista de grupos notáveis disponibilizados pelo sistema para acesso a ficheiros
grupo | descrição para ficheiros e aparelhos acessíveis |
---|---|
dialout |
acesso completo e direto a portas série
("/dev/ttyS[0-3] ") |
dip |
Acesso limitado a portas série para ligação Dialup IP a peers de confiança |
cdrom |
drives CD-ROM, DVD+/-RW |
audio |
aparelho de áudio |
video |
aparelho de vídeo |
scanner |
scanner(es) |
adm |
logs (relatórios) de monitorização do sistema |
staff |
alguns diretórios para trabalho administrativo júnior:
"/usr/local ", "/home " |
Dica | |
---|---|
Necessita pertencer ao grupo |
Alguns grupos notáveis disponibilizados pelo sistema permitem aos seus
membros executar comandos particulares sem privilégios de
root
.
Tabela 1.8. Lista de grupos notáveis disponibilizados pelo sistema para execuções de comandos particulares
grupo | comandos acessíveis |
---|---|
sudo |
executar sudo sem a palavra-passe deles |
lpadmin |
executar comandos para adicionar, modificar e remover impressoras das bases de dados de impressoras |
Para a listagem completa dos utilizadores e grupos disponibilizados pelo
sistema, veja a versão recente do documento "Utilizadores e Grupos" em
"/usr/share/doc/base-passwd/users-and-groups.html
"
disponibilizado pelo pacote base-passwd
.
Para comandos de gestão para o sistema de utilizador e grupo veja
passwd
(5), group
(5),
shadow
(5), newgrp
(1),
vipw
(8), vigr
(8) e
pam_group
(8).
Existem três tipos de marcas temporais para um ficheiro de GNU/Linux.
Tabela 1.9. Lista dos tipos de marcas temporais
tipo | significado (definição Unix histórica) |
---|---|
mtime | a hora de modificação do ficheiro (ls -l ) |
ctime | a hora de alteração de estado do ficheiro (ls -lc ) |
atime | a hora do último acesso ao ficheiro (ls -lu ) |
Nota | |
---|---|
ctime não é o tempo de criação do ficheiro. |
Nota | |
---|---|
O valor atual de atime num sistema GNU/Linux pode ser diferente daquele da definição Unix histórica. |
Sobrescrever um ficheiro altera todos os atributos mtime, ctime e atime do ficheiro.
Alterar o dono ou as permissões de um ficheiro altera os atributos ctime e atime do ficheiro.
Ler um ficheiro altera o atributo atime do ficheiro.no sistema Unix histórico.
Ler um ficheiro altera o atributo atime
do ficheiro no sistema GNU/Linux se o sistema de ficheiros dele estiver
montado com "strictatime
".
Ler um ficheiro pela primeira vez ou após um dia altera o atributo atime do ficheiro no sistema GNU/Linux se o sistema
de ficheiros dele for montado com
relatime
". (comportamento predefinido desde Linux 2.6.30)
Ler um ficheiro não altera o atributo atime do ficheiro no sistema GNU/Linux se o sistema
de ficheiros dele for montado com "noatime
".
Nota | |
---|---|
As opções de montagem " |
Utilize o comando touch
(1) para alterar as marcas
temporais de ficheiros existentes.
For timestamps, the ls
command outputs localized strings
under non-English locale ("fr_FR.UTF-8
").
$ LANG=C ls -l foo -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 0 Oct 16 21:35 foo $ LANG=en_US.UTF-8 ls -l foo -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 0 Oct 16 21:35 foo $ LANG=fr_FR.UTF-8 ls -l foo -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 0 oct. 16 21:35 foo
Dica | |
---|---|
Veja Secção 9.3.4, “Amostragem personalizada de hora e data” para
personalizar a saída do " |
Existem dois métodos de associar um ficheiro "foo
" com um
nome de ficheiro diferente "bar
".
Duplicar nome para um ficheiro existente
"ln foo bar
"
Ficheiro especial que aponta para outro ficheiro pelo nome
"ln -s foo bar
"
Veja o seguinte exemplo para alterações nas contagens da ligação e as
diferenças subtis nos resultados do comando rm
.
$ umask 002 $ echo "Original Content" > foo $ ls -li foo 1449840 -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 17 Oct 16 21:42 foo $ ln foo bar # hard link $ ln -s foo baz # symlink $ ls -li foo bar baz 1449840 -rw-rw-r-- 2 penguin penguin 17 Oct 16 21:42 bar 1450180 lrwxrwxrwx 1 penguin penguin 3 Oct 16 21:47 baz -> foo 1449840 -rw-rw-r-- 2 penguin penguin 17 Oct 16 21:42 foo $ rm foo $ echo "New Content" > foo $ ls -li foo bar baz 1449840 -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 17 Oct 16 21:42 bar 1450180 lrwxrwxrwx 1 penguin penguin 3 Oct 16 21:47 baz -> foo 1450183 -rw-rw-r-- 1 penguin penguin 12 Oct 16 21:48 foo $ cat bar Original Content $ cat baz New Content
The hardlink can be made within the same filesystem and shares the same
inode number which the "-i
" option with
ls
(1) reveals.
A ligação simbólica tem sempre permissões nominais de acesso ao ficheiro
"rwxrwxrwx
", conforme mostrado no exemplo acima, com as
permissões de acesso efectivas ditadas pelas permissões do ficheiro para o
qual aponta.
Cuidado | |
---|---|
Geralmente é boa ideia, de todo, não criar ligações simbólicas complicadas ou ligação rígidas a menos que tenha uma boa razão. Podem causar pesadelos onde a combinação lógica das ligações simbólicas resulta em círculos viciosos no sistema de ficheiros. |
Nota | |
---|---|
Geralmente é preferível utilizar ligações simbólicas em vez de ligação rígidas, a menos que tenha boas razões para usar uma ligação rígida. |
O diretório ".
" liga ao diretório onde ele aparece, assim
a contagem de ligações de qualquer novo diretório começa em 2. O diretório
"..
" liga ao diretório pai, assim a contagem de ligações
do diretório aumenta com a adição de novos sub-diretórios.
Se está a mudar do Windows para Linux, em breve irá ficar claro o quão bem desenhado está a ligação de nomes de ficheiros em Unix, comparada com o equivalente mais próximo em Windows de "atalhos". Devido a estar implementado no sistema de ficheiros, aplicações não conseguem ver nenhuma diferença entre um ficheiro ligado e o original. No caso de ligações rígidas, não há realmente nenhuma diferença.
Um pipe com nome é um ficheiro que age como um pipe. Coloca algo no ficheiro e sai pelo outro lado. Por isso é chamado um FIFO, ou Primeiro-a-Entrar-Primeiro-a-Sair: a primeira coisa que pôe no pipe é a primeira coisa a sair pelo outro lado.
Se escrever para um pipe com nome, o processo que escreve à pipe não termina
até que a informação que está a ser escrita para o pipe seja lida a partir
do pipe. Se ler de um pipe com nome, o processo que lê espera até que não
haja mais nada para ler antes de terminar. O tamanho do pipe é sempre zero
-- não armazena dados, apenas faz a ligação entre dois processos como a
funcionalidade oferecida pelo "|
" na sintaxe da shell. No
entanto, como este pipe tem um nome, os dois processos não têm de estar na
mesma linha de comando ou mesmo serem executados pelo mesmo utilizador. Os
pipes foram uma inovação de muita influência do Unix.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ cd; mkfifo mypipe $ echo "hello" >mypipe & # put into background [1] 8022 $ ls -l mypipe prw-rw-r-- 1 penguin penguin 0 Oct 16 21:49 mypipe $ cat mypipe hello [1]+ Done echo "hello" >mypipe $ ls mypipe mypipe $ rm mypipe
Os sockets são usados extensivamente por toda a comunicação da Internet, bases de dados e pelo próprio sistema operativo. São semelhantes a pipes com nome (FIFO) e permitem aos processos trocarem informação mesmo entre computadores diferentes. Para o socket, esses processos não precisam de estar a correr ao mesmo tempo, nem correrem como filhos do mesmo processo pai. Isto é o destino da comunicação inter-processo (IPC). A troca de informação pode ocorrer sobre a rede entre máquinas diferentes. Os dois mais comuns são o socket de Internet e o socket de domínio Unix.
Dica | |
---|---|
" |
Os ficheiros de Aparelhos referem-se a
aparelhos físicos ou virtuais no seu sistema, como o seu disco rígido, placa
gráfica, monitor ou teclado. Um exemplo de aparelho virtual é a consola, que
é representada por "/dev/console
".
Existem 2 tipos de ficheiros de aparelho.
Aparelho de Caractere
Acedido por um caractere de cada vez
1 caractere = 1 byte
Por exemplo, aparelho de teclado, porta serial, …
Aparelho de Bloco
acedido em unidades maiores chamadas blocos
1 bloco > 1 byte
Por exemplo, o disco rígido, …
Pode ler e escrever nos ficheiros de aparelho, embora o ficheiro possa muito
bem conter dados binários que podem ser uma salada incompreensível para
humanos. Escrever dados directamente nestes ficheiros é por vezes útil para
diagnosticar problemas com ligações de hardware. Por exemplo, pode despejar
um ficheiro de texto para um aparelho de impressora
"/dev/lp0
" ou enviar comandos de modem à porta serial
apropriada "/dev/ttyS0
". Mas, a menos que isto seja feito
com cuidado, pode causar problemas maiores. Portanto seja cauteloso.
Nota | |
---|---|
Para o acesso normal a uma impressora, use |
Os números de nós de aparelho são mostrados ao executar
ls
(1) como a seguir.
$ ls -l /dev/sda /dev/sr0 /dev/ttyS0 /dev/zero brw-rw---T 1 root disk 8, 0 Oct 16 20:57 /dev/sda brw-rw---T+ 1 root cdrom 11, 0 Oct 16 21:53 /dev/sr0 crw-rw---T 1 root dialout 4, 64 Oct 16 20:57 /dev/ttyS0 crw-rw-rw- 1 root root 1, 5 Oct 16 20:57 /dev/zero
"/dev/sda
" tem o número maior de aparelho 8 e o número
menor de aparelho 0. Isto é acessível para leitura e escrita aos
utilizadores que pertencem ao grupo disk
.
"/dev/sr0
" tem o número maior de aparelho 11 e o número
menor de aparelho 0. Isto é acessível para leitura e escrita aos
utilizadores que pertencem ao grupo cdrom
.
"/dev/ttyS0
" tem o número maior de aparelho 4 e o número
menor de aparelho 64. Isto é acessível para leitura e escrita aos
utilizadores que pertencem ao grupo dialout
.
"/dev/zero
" tem o número 1 no aparelho maior e o número 5
no número de aparelho menor. Isto é acessível para leitura/escrita a todos.
No sistema Linux moderno, o sistema de ficheiros sob
"/dev/
" é povoado automaticamente pelo mecanismo
udev
(7).
Existem alguns ficheiros de aparelhos especiais.
Tabela 1.10. Lista de ficheiros de aparelhos especiais
ficheiro de aparelho | acção | descrição da resposta |
---|---|---|
/dev/null |
ler | retorna o "caractere de fim-de-ficheiro (EOF)" |
/dev/null |
escrever | retorna nada (um poço de despejo de dados sem fundo) |
/dev/zero |
ler | retorna "o caractere \0 (NULO)" (não é o mesmo que o
número zero em ASCII) |
/dev/random |
ler | retorna caracteres aleatórios a partir de um verdadeiro gerador de números aleatórios, a entregar entropia real (lento) |
/dev/urandom |
ler | retorna caracteres aleatórios a partir de um gerador de números pseudo-aleatórios criptograficamente seguros |
/dev/full |
escrever | retorna o erro de disco cheio (ENOSPC) |
Estes são usados frequentemente em conjunto com o redireccionamento da shell (veja Secção 1.5.8, “Sequências de comandos típicas e redireccionamento da shell”).
Os procfs e sysfs
montados em "/proc
" e "/sys
" são os
pseudo-sistemas-de-ficheiros e expõem estruturas de dados internas do kernel
ao espaço de utilizador. Por outras palavras, estas entradas são virtuais, a
significar que elas agem como uma janela de conveniência às operações do
sistema operativo.
O diretório "/proc
" contém (entre outras coisas) um
sub-diretório para cada processo em execução no sistema, o qual tem o nome
do ID do processo (PID). Os utilitários do sistema que acedem à informação
de processos, como o ps
(1), obtêm a informação deles de
esta estrutura de diretórios.
Os diretórios sob "/proc/sys/
" contêm interfaces para
alterar certos parâmetros do kernel durante o funcionamento. (Pode fazer o
mesmo através do comando especializado sysctl
(8) ou do
ficheiro de configuração/pré-carregamento dele
"/etc/sysctl.conf
".)
As pessoas frequentemente assustam-se quando notam num ficheiro em
particular - "/proc/kcore
" - o qual é geralmente
enorme. Isto é (mais ou menos) uma cópia do conteúdo da memória do seu
computador. É usado para depuração do kernel. É um ficheiro virtual que
aponta à memória do computador, portanto não se preocupe com o tamanho dele.
O diretório em "/sys
" contém estruturas de dados do
kernel exportadas, os seus atributos e as suas ligações entre eles. Também
contém interfaces para alterar certos parâmetros do kernel durante o
funcionamento.
Veja "proc.txt(.gz)
", "sysfs.txt(.gz)
"
e outros documentos relacionados na documentação do kernel Linux
("/usr/share/doc/linux-doc-*/Documentation/filesystems/*
")
disponibilizados pelo pacote linux-doc-*
.
O tmpfs é um sistema de ficheiros temporário o qual mantém todos os ficheiros na memória virtual. Os dados de tmpfs na cache de páginas na memória pode ser ir ao espaço swap no disco, conforme necessário.
O diretório "/run
" é montado como tmpfs no inicio do
processo de arranque. Isto ativa a escrita mesmo que o diretório
"/
esteja montado como apenas-leitura. Esta é a nova
localização para o armazenamento de ficheiros de estado transitório e
substitui várias outras localizações descritas na Filesystem Hierarchy Standard,
versão 2.3:
"/var/run
" → "/run
"
"/var/lock
" → "/run/lock
"
"/dev/shm
" → "/run/shm
"
Veja "tmpfs.txt(.gz)
" na documentação do kernel Linux
("/usr/share/doc/linux-doc-*/Documentation/filesystems/*
")
disponibilizada pelo pacote linux-doc-*
.
Midnight Commander (MC) é um "Canivete Suíço" GNU para a consola Linux e para outros ambientes de terminal. Isto oferece aos novatos uma experiência de consola movida por menus o que é mais fácil de aprender do que os comandos standard do Unix.
Pode necessitar instalar o pacote Midnight Commander que é intitulado de
"mc
" com o seguinte:
$ sudo apt-get install mc
Utilize o comando mc
(1) para explorar o sistema
Debian. Esta é a melhor maneira de aprender. Por favor explore algumas
localizações interessantes apenas a usar as teclas do cursor e Enter.
"/etc
" e os seus sub-diretórios
e"/var/log
" os seus sub-diretórios
"/usr/share/doc
" os seus sub-diretórios
"/usr/sbin
" e "/usr/bin
"
De modo a fazer o MC mudar o diretório de trabalho ao sair e
cd
para o diretório, sugiro modificar o
"~/.bashrc
" para incluir um script disponibilizado pelo
pacote mc
.
. /usr/lib/mc/mc.sh
Veja mc
(1) (sob a opção "-P
") para a
razão. (Se não compreende exatamente do que estou a falar aqui, pode fazer
isto mais tarde.)
O MC pode ser iniciado com o seguinte:
$ mc
O MC toma conta de operações de ficheiros através do menu dele, a requerer esforços mínimos do utilizador. Carregue em F1 para obter ajuda. Pode brincar com o MC apenas com as teclas de cursor e teclas de função.
Nota | |
---|---|
In some consoles such as |
Se encontrar problemas com a codificação de caracteres que mostram
caracteres com lixo, adicionar "-a
" à linha de comandos
do MC pode ajudar a prevenir problemas.
Se isto não limpar os seus problemas no ecrã com o MC, veja Secção 9.5.6, “A configuração do terminal”.
O predefinido são dois painéis de diretórios que contêm listas de
ficheiros. Outro modo útil é definir a janela da direita para "informação"
para ver informações de privilégios de acesso a ficheiros, etc. De seguida
existem algumas teclas de atalho essenciais. Com o daemon
gpm
(8) em execução, também se pode usar um rato em
consolas de caracteres no Linux. (Certifique-se que carrega na tecla shift
para obter o comportamento normal de cortar e colar no MC.)
Tabela 1.11. As teclas de atalho do MC
tecla | tecla de atalho |
---|---|
F1 |
menu de ajuda |
F3 |
visualizador interno de ficheiros |
F4 |
editor interno |
F9 |
ativar o menu de desenrolar |
F10 |
sair do Midnight Commander |
Tab |
mover entre duas janelas |
Insert ou Ctrl-T |
marcar o ficheiro para uma operação de múltiplos ficheiros como uma cópia |
Del |
apagar o ficheiro (tenha cuidado -- configure o MC para modo de apagar seguro) |
Teclas do cursor | auto-explicativo |
O comando cd
altera o diretório mostrado no ecrã
selcionado.
Ctrl-Enter
ou Alt-Enter
copia um nome
de ficheiro para a linha de comandos. Utilize isto com os comandos
cp
(1) e mv
(1) em conjunto com a edição
de linha de comandos.
Alt-Tab
mostra escolhas de expansão de nomes de ficheiros
da shell.
Pode-se especificar os diretórios de inicio para ambas janelas como
argumentos ao MC; por exemplo, "mc /etc /root
".
Esc
+ n-key
→ Fn
(i.e., Esc
+ 1
→
F1
, etc.; Esc
+ 0
→
F10
)
Carregar em Esc
antes da tecla tem o mesmo efeito que
carregar em Alt
e na tecla em conjunto; isto é, carregar
em Esc
+ c
para
Alt-C
. Esc
é chamada uma meta-tecla e
por vezes mencionada como "M-
".
O editor interno tem um esquema de cortar-e-colar interessante. Pressionar
F3
marca o inicio da seleção, um segundo
F3
marca o final da seleção e destaca a seleção. Depois
pode mover o cursor. Se pressionar F6, a área selcionada é movida à
localização do cursor. Se pressionar F5, a área selcionada é copiada e
inserida na localização do cursor. F2
salva o
ficheiro. F10
fá-lo sair. A maioria das teclas do cursor
funcionam de modo intuitivo.
Este editor pode ser iniciado directamente num ficheiro a usar um dos seguintes comandos.
$ mc -e filename_to_edit
$ mcedit filename_to_edit
Este não é um editor de várias janelas, mas podem-se utilizar várias consolas de Linux para se conseguir o mesmo efeito. Para copiar entre janelas, utilize as teclas Alt-Fn para mudar entre consolas virtuais utilize "Ficheiro→Inserir ficheiro" ou "Ficheiro→Copiar para ficheiro" para mover uma porção de um ficheiro para outro ficheiro.
Este editor interno pode ser substituído por qualquer editor externo à escolha.
Além disso, muitos programas utilizam as variáveis de ambiente
"$EDITOR
" ou "$VISUAL
" para decidir
que editor utilizar. Se não está confortável com o vim
(1)
ou com o nano
(1), pode definir a
"mcedit
" a adicionar as seguintes linhas ao
"~/.bashrc
".
export EDITOR=mcedit export VISUAL=mcedit
Recomendo definir isto para "vim
" se possível.
Se não está confortável com o vim
(1), pode continuar a
utilizar o mcedit
(1) para a maioria das tarefas de
manutenção do sistema.
MC é um visualizador muito inteligente. Esta é uma grande ferramenta para
procurar palavras em documentos. Uso sempre isto para ficheiros no
diretório "/usr/share/doc
". Esta é a maneira mais rápida
para navegar por entre grandes quantidades de informação de Linux. Este
visualizador pode ser iniciado diretamente a usar um dos seguintes comandos:
$ mc -v path/to/filename_to_view
$ mcview path/to/filename_to_view
Carregue em Enter num ficheiro e o programa apropriado lida com o conteúdo do ficheiro (veja Secção 9.4.11, “Personalizar o programa a ser iniciado”). Esta é uma funcionalidade muito conveniente do MC.
Tabela 1.12. A reacção à tecla enter no MC
tipo de ficheiro | reacção à tecla enter |
---|---|
ficheiro executável | executa comando |
ficheiro man | canaliza o conteúdo para software de visualização |
ficheiro html | canaliza o conteúdo para explorador web |
ficheiros "*.tar.gz " e "*.deb " |
explora o conteúdo dele como se fosse um sub-diretório |
De modo a permitir esta visualização e funcionalidades de ficheiros virtuais
, os ficheiros a visualizar não devem ser definidos como executáveis. Mude o
estado deles com o chmod
(1) ou via menu ficheiro do MC.
MC can be used to access files over the Internet. Go to the menu by
pressing F9
, "Enter
" and
"h
" to activate the Shell filesystem. Enter a URL in the
form "sh://[user@]machine[:options]/[remote-dir]
", which
retrieves a remote directory that appears like a local one using
ssh
.
Apesar do MC lhe permitir fazer quase tudo, é muito importante aprender a utilizar as ferramentas de linha de comandos invocadas a partir da prompt da shell e familiarizar-se com o ambiente de trabalho do tipo Unix.
Since the login shell may be used by some system initialization programs, it
is prudent to keep it as bash
(1) and avoid switching the
login shell with chsh
(1).
If you want to use a different interactive shell prompt, set it from GUI
terminal emulator configuration or start it from
~/.bashrc
, e.g., by placing "exec /usr/bin/zsh
-i -l
" or "exec /usr/bin/fish -i -l
" in it.
Tabela 1.13. Lista de programas da shell
pacote | popcon | tamanho | Shell do POSIX | descrição |
---|---|---|---|---|
bash
|
V:838, I:999 | 7175 | Sim | Bash: a GNU Bourne Again SHell (o standard de facto) |
bash-completion
|
V:32, I:933 | 1454 | N/D | programmable completion for the bash shell |
dash
|
V:884, I:997 | 191 | Sim | Shell Almquist, bom para scripts da shell |
zsh
|
V:40, I:73 | 2463 | Sim | Z shell: a shell standard com muitas melhorias |
tcsh
|
V:6, I:20 | 1355 | Não | Shell TENEX C: uma versão melhorada de Berkeley csh |
mksh
|
V:6, I:11 | 1579 | Sim | Uma versão de Korn shell |
csh
|
V:1, I:6 | 339 | Não | OpenBSD shell C, uma versão do Berkeley csh |
sash
|
V:0, I:5 | 1157 | Sim | shell Stand-alone com comandos
embutidos (Não se destina a "/usr/bin/sh " standard) |
ksh
|
V:1, I:10 | 61 | Sim | a real, versão AT&T da Korn shell |
rc
|
V:0, I:1 | 178 | Não | implementação da rc shell AT&T Plan 9 |
posh
|
V:0, I:0 | 190 | Sim | Policy-compliant Ordinary SHell (deriva da pdksh ) |
Dica | |
---|---|
Apesar das shells tipo POSIX partilharem a sintaxe básica, podem diferir no comportamento em coisas tão básicas como variáveis de shell e expansões glob. Por favor verifique as suas documentações para detalhes. |
Neste capítulo do tutorial, a shell interactiva significa sempre
bash
.
Pode personalizar o comportamento da bash
(1) em
"~/.bashrc
".
Por exemplo, tente o seguinte.
# enable bash-completion if ! shopt -oq posix; then if [ -f /usr/share/bash-completion/bash_completion ]; then . /usr/share/bash-completion/bash_completion elif [ -f /etc/bash_completion ]; then . /etc/bash_completion fi fi # CD upon exiting MC . /usr/lib/mc/mc.sh # set CDPATH to a good one CDPATH=.:/usr/share/doc:~:~/Desktop:~ export CDPATH PATH="${PATH+$PATH:}/usr/sbin:/sbin" # set PATH so it includes user's private bin if it exists if [ -d ~/bin ] ; then PATH="~/bin${PATH+:$PATH}" fi export PATH EDITOR=vim export EDITOR
Dica | |
---|---|
Pode encontrar mais dicas de personalização da |
Dica | |
---|---|
O pacote |
No ambiente do tipo Unix, existem algumas
combinações de teclas que têm significados especiais. Por favor note que
numa consola de caracteres normal do Linux, apenas as teclas
Ctrl
e Alt
do lado esquerdo funcionam
como se espera. Aqui estão algumas combinações de teclas notáveis para se
lembrar.
Tabela 1.14. Lista de teclas de atalho para bash
tecla | descrição do atalho da tecla |
---|---|
Ctrl-U |
apagar a linha antes do cursor |
Ctrl-H |
apagar um caractere antes do cursor |
Ctrl-D |
termina a entrada (sai da shell se estiver a usar uma shell) |
Ctrl-C |
termina um programa em funcionamento |
Ctrl-Z |
pára temporariamente o programa ao movê-lo para segundo plano |
Ctrl-S |
pára a saída ao ecrã |
Ctrl-Q |
reactiva a saída para o ecrã |
Ctrl-Alt-Del |
reinicia/pára o sistema, veja inittab (5) |
Left-Alt-key (opcionalmente,
tecla-do-Windows ) |
meta-tecla para o Emacs e a UI semelhante |
Seta-para-cima |
inicia a busca no histórico de comandos em bash |
Ctrl-R |
inicia o histórico de comandos incremental em bash |
Tab |
completa a entrada do nome de ficheiro para a linha de comandos em
bash |
Ctrl-V Tab |
entrada Tab sem expansão para a linha de comandos em
bash |
Dica | |
---|---|
A funcionalidade do terminal de |
Mouse operations for text on Debian system mix 2 styles with some twists:
Traditional Unix style mouse operations:
use 3 buttons (click)
use PRIMARY
used by X applications such as xterm
and text
applications in Linux console
Modern GUI style mouse operations:
use 2 buttons (drag + click)
use PRIMARY and CLIPBOARD
used in Modern GUI applications such as gnome-terminal
Tabela 1.15. List of mouse operations and related key actions on Debian
acção | resposta |
---|---|
Clique-esquerdo-e-arrastar do rato | select range as PRIMARY selection |
Clique-esquerdo | select the start of range for PRIMARY selection |
Right-click (traditional) | select the end of range for PRIMARY selection |
Right-click (modern) | context dependent menu (cut/copy/paste) |
Middle-click or Shift-Ins |
insert PRIMARY selection at the cursor |
Ctrl-X |
cut PRIMARY selection to CLIPBOARD |
Ctrl-C (Shift-Ctrl-C in terminal) |
copy PRIMARY selection to CLIPBOARD |
Ctrl-V |
paste CLIPBOARD at the cursor |
Here, the PRIMARY selection is the highlighted text range. Within the
terminal program, Shift-Ctrl-C
is used instead to avoid
terminating a running program.
The center wheel on the modern wheel mouse is considered middle mouse button and can be used for middle-click. Clicking left and right mouse buttons together serves as the middle-click under the 2 button mouse system situation.
In order to use a mouse in Linux character consoles, you need to have
gpm
(8) running as daemon.
O comando less
(1) é o paginador avançado (navegador de
conteúdo de ficheiros). Ele lê o ficheiro especificado pelo seu argumento de
comando ou pela sua entrada standard. Carregue em "h
" se
precisar de ajuda enquanto explora com o comando
less
. Pode fazer muito mais do que o
more
(1) e pode ser ampliado ao executar "eval
$(lesspipe)
" ou "eval $(lessfile)
" no script de
arranque de shell. Veja mais em
"/usr/share/doc/less/LESSOPEN
". A opção
"-R
" permite saída em caracteres em bruto e activa
sequências de escape de cores ANSI. Veja less
(1).
Dica | |
---|---|
In the |
Deve tornar-se conhecedor de uma das variantes dos programas Vim ou Emacs que são populares em sistemas tipo Unix.
Acho que habituar-se aos comandos do Vim é a coisa certa a fazer, pois o
editor Vim está sempre presente no mundo Linux/Unix. (Na verdade, o
vi
original ou o novo nvi
são
programas que vai encontrar em todo o lado. Escolho o Vim para novatos
porque é bastante semelhante e mais poderoso já que lhe oferece ajuda
através da tecla F1
.)
Pode escolher o Emacs ou o XEmacs como o seu editor favorito, que é realmente uma outra boa escolha, particularmente para a programação. O Emacs tem também um leque de outras funcionalidades, incluindo funcionar como um leitor de news, editor de diretório, programa de mail, etc. Quando é usado para programação ou edição de scripts de shell, é inteligente para reconhecer o formato daquilo em que está a trabalhar e tenta disponibilizar assistência. Algumas pessoas afirmam que o único programa que necessitam em Linux é o Emacs. 10 minutos a aprender Emacs agora pode poupar-lhe horas mais tarde. Ter o manual do Emacs GNU para referência quando se aprende Emacs é altamente recomendado.
Todos estes programas vêm normalmente com um programa tutor para queaprenda
a usá-los pela prática. Arranque o Vim ao escrever "vim
"
e carregue an tecla F1. Deverá ler pelo menos as primeiras 35 linhas. Depois
faça o curso de treino online ao mover o cursor para
"|tutor|
" e pressionar Ctrl-]
.
Nota | |
---|---|
Good editors, such as Vim and Emacs, can handle UTF-8 and other exotic encoding texts correctly. It is a good idea to use the GUI environment in the UTF-8 locale and to install required programs and fonts to it. Editors have options to set the file encoding independent of the GUI environment. Please refer to their documentation on multibyte text. |
Debian vem com uma quantia de editores diferentes. Recomendamos instalar o
pacote vim
, como mencionado anteriormente.
Debian disponibiliza acesso unificado ao editor predefinido do sistema
através do comando "/usr/bin/editor
" para que outros
programas (p.e., reportbug
(1)) possam invocá-lo. Pode
alterá-lo com o seguinte:
$ sudo update-alternatives --config editor
A escolha de "/usr/bin/vim.basic
" em vez de
"/usr/bin/vim.tiny
" é uma recomendação minha para novatos
pois suporta destaque de sintaxe.
Dica | |
---|---|
Muitos programas utilizam as variáveis de ambiente
" |
The recent vim
(1) starts itself in the sane
"nocompatible
" option and enters into the
NORMAL
mode.[1]
Tabela 1.16. Lista de teclas básicas do Vim
modo | key strokes | acção |
---|---|---|
NORMAL |
:help|only |
display the help file |
NORMAL |
:e filename.ext |
open new buffer to edit filename.ext |
NORMAL |
:w |
overwrite current buffer to the original file |
NORMAL |
:w filename.ext |
write current buffer to filename.ext |
NORMAL |
:q |
quit vim |
NORMAL |
:q! |
force to quit vim |
NORMAL |
:only |
close all other split open windows |
NORMAL |
:set nocompatible? |
check if vim is in the sane
nocompatible mode |
NORMAL |
:set nocompatible |
set vim to the sane nocompatible mode |
NORMAL |
i |
enter the INSERT mode |
NORMAL |
R |
enter the REPLACE mode |
NORMAL |
v |
enter the VISUAL mode |
NORMAL |
V |
enter the linewise VISUAL mode |
NORMAL |
Ctrl-V |
enter the blockwise VISUAL mode |
except TERMINAL-JOB |
ESC -key |
enter the NORMAL mode |
NORMAL |
:term |
enter the TERMINAL-JOB mode |
TERMINAL-NORMAL |
i |
enter the TERMINAL-JOB mode |
TERMINAL-JOB |
Ctrl-W N (or Ctrl-\
Ctrl-N ) |
enter the TERMINAL-NORMAL mode |
TERMINAL-JOB |
Ctrl-W : |
enter the Ex -mode in TERMINAL-NORMAL
mode |
Please use the "vimtutor
" program to learn
vim
through an interactive tutorial course.
The vim
program changes its behavior to typed key strokes
based on mode. Typing in key strokes to
the buffer is mostly done in INSERT
-mode and
REPLACE
-mode. Moving cursor is mostly done in
NORMAL
-mode. Interactive selection is done in
VISUAL
-mode. Typing ":
" in
NORMAL
-mode changes its mode to
Ex
-mode. Ex
-mode accepts commands.
Dica | |
---|---|
The Vim comes with the Netrw package.
Netrw supports reading files, writing files, browsing directories over a
network, and local browsing! Try Netrw with " |
For the advanced configuration of vim
, see Secção 9.2, “Personalizar o vim”.
O resultado do comando na shell pode sair fora do seu ecrã e ficar perdido para sempre. É uma boa prática registar as atividades da shell num ficheiro para rever mais tarde. Este tipo de registo é essencial quando executa quaisquer tarefas de administração do sistema.
Dica | |
---|---|
The new Vim (version>=8.2) can be used to record the shell activities
cleanly using |
O método básico de gravar a atividade da shell é corrê-la sob
script
(1).
Por exemplo, tente o seguinte:
$ script Script started, file is typescript
Faz quaisquer comandos de shell sob script
.
Carregue em Ctrl-D
para terminar o
script
.
$ vim typescript
Veja Secção 9.1.1, “Gravar as atividades da shell de modo limpo” .
Vamos aprender comandos básicos do Unix. Aqui Uso "Unix" no sentido genérico
dele. Geralmente qualquer SO clone do Unix oferece comandos equivalentes. O
sistema Debian não é excepção. Não se preocupe se alguns comandos não
funcionarem como deseja por agora. Se for utilizado alias
na shell, as saídas dos comandos correspondentes serão diferentes. Estes
exemplos não se destinam a ser executados por esta ordem.
Tente os seguintes comandos a partir da conta de utilizador não-privilegiado.
Tabela 1.17. lista dos comandos Unix básicos
comando | descrição |
---|---|
pwd |
mostrar o nome do diretório atual |
whoami |
mostrar o nome do utilizador atual |
id |
mostrar a identidade do utilizador atual (nome, uid, gid e grupos associados) |
file foo |
mostrar o tipo de ficheiro para o ficheiro
"foo " |
type -p nome_do_comando |
mostrar a localização de um ficheiro do comando
"nome_do_comando " |
which nome_do_comando |
, , |
type nome_do_comando |
mostrar informação do comando
"nome_do_comando " |
apropos palavra_chave |
mostrar comandos relacionados com a
"palavra_chave " |
man -k palavra_chave |
, , |
whatis nome_do_comando |
mostrar a explicação de uma linha para o comando
"nome_do_comando " |
man -a nome_do_comando |
mostrar a explicação do comando
"nome_do_comando " (estilo Unix) |
info nome_do_comando |
mostrar uma explicação longa do comando
"nome_do_comando " (estilo GNU) |
ls |
listar o conteúdo do diretório (ficheiros e diretórios não escondidos) |
ls -a |
listar o conteúdo do diretório (todos os ficheiros e diretórios) |
ls -A |
listar o conteúdo do diretório (quase todos os ficheiros e diretórios, isto
é, salta o ".. " e ". ") |
ls -la |
listar todo o conteúdo do diretório com informação detalhada |
ls -lai |
listar todo o conteúdo do diretório com número de inode e informação detalhada |
ls -d |
listar todos os diretórios sob o diretório atual |
tree |
mostrar o conteúdo da árvore de ficheiros |
lsof foo |
listar o estado aberto do ficheiro
"foo " |
lsof -p pid |
listar ficheiros abertos pelo processo de ID:
"pid " |
mkdir foo |
criar um novo diretório "foo " no
diretório atual |
rmdir foo |
remover um diretório "foo " no
diretório atual |
cd foo |
mudar o diretório para o diretório
"foo " no diretório atual ou no
diretório listado na variável "$CDPATH " |
cd / |
mudar o diretório para o diretório raiz |
cd |
mudar ao diretório home do utilizador atual |
cd /foo |
mudar para o diretório de caminho absoluto
"/foo " |
cd .. |
mudar ao diretório pai |
cd ~foo |
mudar ao diretório home do utilizador
"foo " |
cd - |
mudar ao diretório anterior |
</etc/motd pager |
mostrar o conteúdo de "/etc/motd " a utilizar o paginador
predefinido |
touch junkfile |
criar um ficheiro vazio "junkfile " |
cp foo bar |
copiar um ficheiro "foo " existente
para um novo ficheiro "bar " |
rm junkfile |
remover um ficheiro "junkfile " |
mv foo bar |
renomear um ficheiro "foo " existente
para um novo nome "bar "
("bar " não pode existir) |
mv foo bar |
mover um ficheiro "foo " existente
para uma nova localização
bar/foo " (o
diretório "bar " tem de existir) |
mv foo
bar/baz |
mover um ficheiro existente "foo "
para uma nova localização com um novo nome
"bar/baz " (o
diretório "bar " tem de existir mas o
diretório
"bar/baz " não
pode existir) |
chmod 600 foo |
tornar um ficheiro existente "foo "
proibido de ser lido e ser escrito por outras pessoas (não executável para
todos) |
chmod 644 foo |
tornar um ficheiro existente "foo "
permissível de ser lido mas proibido de ser escrito por outras pessoas (não
executável para todos) |
chmod 755 foo |
tornar um ficheiro existente "foo "
permissível de ser lido mas proibido de ser escrito por outras pessoas
(executável para todos) |
find . -name modelo |
procurar nomes de ficheiros correspondentes a usar um
"modelo " de shell (lento) |
locate -d . modelo |
procurar nomes de ficheiros correspondentes a usar um
"modelo " de shell (mais rápido a
usar uma base de dados gerada regularmente) |
grep -e "modelo" *.html |
procura um "modelo " em todos os
ficheiros terminados com ".html " no diretório atual e
mostra-os todos |
top |
mostrar informação de processos a usar ecrã completo, carregue em
"q " para sair |
ps aux | pager |
mostrar informação dos processos a correr a usar saída ao estilo BSD |
ps -ef | pager |
mostrar informação dos processos a correr a usar saída ao estilo Unix system-V |
ps aux | grep -e "[e]xim4*" |
mostrar todos os processos que correm "exim " e
"exim4 " |
ps axf | pager |
mostrar a informação de todos os processos a correr com saída em arte de ASCII |
kill 1234 |
matar todos os processos identificados pelo ID de processo: "1234" |
gzip foo |
comprimir "foo " para criar
"foo.gz " a usar a codificação
Lempel-Ziv (LZ77) |
gunzip foo.gz |
descomprimir "foo.gz " para criar
"foo " |
bzip2 foo |
comprimir "foo " para criar
"foo.bz2 " a usar o algoritmo de
compressão de texto organizado em blocos Burrows-Wheeler e codificação
Huffman (melhor compressão que gzip ) |
bunzip2 foo.bz2 |
descomprimir "foo.bz2 " para criar
"foo " |
xz foo |
comprimir "foo " para criar
"foo.xz " a usar o algoritmo de
cadeia Lempel–Ziv–Markov (melhor compressão que bzip2 ) |
unxz foo.xz |
descomprimir "foo.xz " para criar
"foo " |
tar -xvf foo.tar |
extrair ficheiros do arquivo
"foo.tar " |
tar -xvzf foo.tar.gz |
extrair ficheiros do arquivo gzipado
"foo.tar.gz " |
tar -xvjf foo.tar.bz2 |
extrair ficheiros do arquivo
"foo.tar.bz2 " |
tar -xvJf foo.tar.xz |
extrair ficheiros do arquivo
"foo.tar.xz " |
tar -cvf foo.tar
bar/ |
arquivar o conteúdo da pasta "bar/ "
no arquivo "foo.tar " |
tar -cvzf foo.tar.gz
bar/ |
arquivar o conteúdo da pasta "bar/ "
no arquivo comprimido "foo.tar.gz " |
tar -cvjf foo.tar.bz2
bar/ |
arquivar o conteúdo da pasta "bar/ "
no arquivo "foo.tar.bz2 " |
tar -cvJf foo.tar.xz
bar/ |
arquivar o conteúdo da pasta "bar/ "
no arquivo "foo.tar.xz " |
zcat README.gz | pager |
mostrar o conteúdo do "README.gz " comprimido a usar o
paginador predefinido |
zcat README.gz > foo |
criar o ficheiro "foo " com o conteúdo descomprimido de
"README.gz " |
zcat README.gz >> foo |
acrescentar o conteúdo descomprimido de "README.gz " ao
final do ficheiro "foo " (se ele não existir, é primeiro
criado) |
Nota | |
---|---|
Unix tem a tradição de esconder os nomes de ficheiros que começam por
" Para o comando O paginador predefinido da vastidão do sistema Debian é o
O " |
Por favor percorra os diretórios e espreite no sistema a usar os comandos em cima como treino. Se tiver questões sobre qualquer comando de consola, por favor certifique-se de ler o manual dele.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ man man $ man bash $ man builtins $ man grep $ man ls
Pode ser um pouco difícil de habituar-se ao estilo dos manuais, porque são bastante concisos, particularmente os mais antigos, muito tradicionais. Mas assim que se habituar a eles, vai apreciar a brevidade deles.
Por favor note que muitos comandos do tipo Unix incluindo os GNU e BSD mostram informação breve de ajuda se os invocar numa das seguintes formas (ou sem argumentos nalguns casos).
$ commandname --help $ commandname -h
Agora tem alguma prática de como utilizar o sistema Debian. Vamos ver mais
fundo no mecanismo da execução de comandos no sistema Debian. Aqui
simplifiquei a realidade para o novato. Veja bash
(1) para
a explicação exata.
Um comando simples é uma sequência de componentes.
Atribuições de variáveis (opcional)
Nome do comando
Argumentos (opcional)
Re-direcções (opcional: >
,
>>
, <
,
<<
, etc.)
Operador de controle (opcional: &&
,
||
, nova-linha ,
;
, &
, (
,
)
)
Os valores de algumas variáveis de ambiente modificam o comportamento de alguns comandos de Unix.
Os valores predefinidos das variáveis de ambiente são definidos inicialmente pelo sistema PAM e depois alguns deles podem ser redefinidos por alguns programas.
The PAM system such as pam_env
may set environment
variables by /etc/pam.conf
",
"/etc/environment
" and
"/etc/default/locale
".
The display manager such as gdm3
may reset environment
variables for GUI session by "~/.profile
".
The user specific program initialization may reset environment variables by
"~/.profile
", "~/.bash_profile
" and
"~/.bashrc
".
The default locale is defined in the "$LANG
" environment
variable and is configured as "LANG=xx_YY.UTF-8
" by the
installer or by the subsequent GUI configuration, e.g., "Settings" → "Region
& Language" → "Language" / "Formats" for GNOME.
Nota | |
---|---|
I recommend you to configure the system environment just by the
" |
O valor completo do locale dado à variável "$LANG
"
consiste em 3 partes: "xx_YY.ZZZZ
".
Tabela 1.19. Lista de recomendações de locale
recomendação de locale | Idioma (área) |
---|---|
en_US.UTF-8 |
Inglês (EUA) |
en_GB.UTF-8 |
Inglês (Grã-Bretanha) |
fr_FR.UTF-8 |
Francês (França) |
de_DE.UTF-8 |
Alemão (Alemanha) |
it_IT.UTF-8 |
Italiano (Itália) |
es_ES.UTF-8 |
Espanhol (Espanha) |
ca_ES.UTF-8 |
Catalão (Espanha) |
sv_SE.UTF-8 |
Sueco (Suécia) |
pt_BR.UTF-8 |
Português (Brasil) |
ru_RU.UTF-8 |
Russo (Rússia) |
zh_CN.UTF-8 |
Chinês (Rep. Popular da China) |
zh_TW.UTF-8 |
Chinês (Taiwan R.O.C.) |
ja_JP.UTF-8 |
Japonês (Japão) |
ko_KR.UTF-8 |
Coreano (República da Coreia) |
vi_VN.UTF-8 |
Vietnamita (Vietname) |
A execução de comando típica utiliza uma sequência de linha de shell como o seguinte.
$ echo $LANG en_US.UTF-8 $ date -u Wed 19 May 2021 03:18:43 PM UTC $ LANG=fr_FR.UTF-8 date -u mer. 19 mai 2021 15:19:02 UTC
Here, the program date
(1) is executed with different
locale values.
A maioria das execuções de comandos geralmente não têm definições de variáveis de ambiente precedentes. Para o exemplo acima, pode executar em alternativa o seguinte:
$ LANG=fr_FR.UTF-8 $ date -u mer. 19 mai 2021 15:19:24 UTC
Dica | |
---|---|
When filing a bug report, running and checking the command under
" |
Para mais detalhes sobre configuração do locale, veja Secção 8.1, “O locale”.
Quando escreve um comando na shell, a shell procura o comando na lista de
diretórios contida na variável de ambiente "$PATH
". O
valor da variável de ambiente "$PATH
" também é chamado o
caminho de procura da shell.
Na instalação Debian, por omissão, a variável de ambiente
"$PATH
" das contas de utilizadores pode não incluir
"/usr/sbin
" nem "/usr/sbin
". Por
exemplo, o comando ifconfig
necessita ser chamado com o
caminho completo como "/usr/sbin/ifconfig
". (De modo
idêntico, o comando ip
está localizado em
"/usr/bin
".)
Pode alterar a variável de ambiente "$PATH
" da shell Bash
pelos ficheiros "~/.bash_profile
" ou
"~/.bashrc
".
Muitos comandos armazenam configurações específicas do utilizador no
diretório home do utilizador e mudam o comportamento dele de acordo com o
conteúdo dele. O diretório de utilizador é identificado pela variável de
ambiente "$HOME
".
Tabela 1.20. Lista de valores "$HOME
"
valor de "$HOME " |
situação de execução do programa |
---|---|
/ |
programa executado pelo processo de init (daemon) |
/root |
programa executado a partir da shell de root normal |
/home/utilizador_normal |
programa executado a partir da shell de utilizador normal |
/home/utilizador_normal |
programa executado a partir menu do ambiente GUI do utilizador normal |
/home/utilizador_normal |
programa executado como root com o "programa sudo " |
/root |
programa executado como root com o "programa sudo -H " |
Dica | |
---|---|
A shell expande " |
See Secção 12.1.5, “Shell environment variables” if
$HOME
isn't available for your program.
Alguns comandos recebem argumentos. Os argumentos que começam com um
"-
" ou "--
" são chamados opções e
controlam o comportamento do comando.
$ date Thu 20 May 2021 01:08:08 AM JST $ date -R Thu, 20 May 2021 01:08:12 +0900
Aqui o argumento de linha de comandos "-R
" altera o
comportamento de date
(1) para gerar uma string da data
compatível com RFC2822.
Frequentemente deseja trabalhar com um conjunto de ficheiros sem os digitar a todos. O modelo de expansão do nome de ficheiro a utilizar a glob da shell , (por vezes referida como wildcards), facilita esta necessidade.
Tabela 1.21. Padrões glob da shell
modelo glob da shell | descrição de regra de correspondência |
---|---|
* |
nome de ficheiro (segmento) não iniciado por ". " |
.* |
nome de ficheiro (segmento) iniciado por ". " |
? |
exatamente um caractere |
[…] |
exatamente um caractere com qualquer caractere envolvido em colchetes |
[a-z] |
exatamente um caractere com qualquer caractere entre "a "
e "z " |
[^…] |
exatamente um caractere que não seja qualquer caractere envolvido em
colchetes (a excluir "^ ") |
Por exemplo, tente o seguinte:
$ mkdir junk; cd junk; touch 1.txt 2.txt 3.c 4.h .5.txt ..6.txt $ echo *.txt 1.txt 2.txt $ echo * 1.txt 2.txt 3.c 4.h $ echo *.[hc] 3.c 4.h $ echo .* . .. .5.txt ..6.txt $ echo .*[^.]* .5.txt ..6.txt $ echo [^1-3]* 4.h $ cd ..; rm -rf junk
Veja glob
(7).
Nota | |
---|---|
Ao contrário da expansão de nome de ficheiro da shell, o modelo de shell
" |
Nota | |
---|---|
BASH pode ser moldado a alterar o comportamento de glob dele com as opções
shopt dele embutidas como as " |
Cada comando retorna o estado de saída dele (na variável:
"$?
") como o valor de retorno.
Tabela 1.22. Códigos de saída do comando
estado de saída do comando | valor de retorno numérico | valor de retorno lógico |
---|---|---|
sucesso | zero, 0 | TRUE |
erro | não-zero, -1 | FALSE |
Por exemplo, tente o seguinte.
$ [ 1 = 1 ] ; echo $? 0 $ [ 1 = 2 ] ; echo $? 1
Nota | |
---|---|
Por favor note que, no contexto lógico da shell, sucesso é tratado como o VERDADEIRO lógico o qual tem 0 (zero) como valor. De certa maneira isto não é intuitivo e necessita ser lembrado aqui. |
Vamos tentar lembrar-nos dos seguintes idiomas de comando de shell escritos numa linha como parte de um comando de shell.
Tabela 1.23. Idiomas de comandos de shell
idioma do comando | descrição |
---|---|
comando & |
execução em segundo plano do
comando na sub-shell |
comando1 | comando2 |
liga em pipe a saída standard do
comando1 à entrada standard do
comando2 (execução concorrente) |
comando1 2>&1 | comando2 |
liga em pipe a saídas standard e o erro
standard do comando1 à entrada standard do
comando2 (execução concorrente) |
comando1 ; comando2 |
executa o comando1 e o comando2
sequencialmente |
comando1 && comando2 |
executa o comando1 ; se tiver sucesso, executa o
comando2 sequencialmente (retorna sucesso se ambos
comando1 e
comando2 tiverem sucesso) |
comando1 || comando2 |
executa o comando1 ; se não tiver sucesso, executa o
comando2 sequencialmente (retorna sucesso se o
comando1 ou o
comando2 tiverem sucesso |
comando > foo |
redirecciona a saída standard do comando para o ficheiro
foo (sobrescreve) |
comando 2> foo |
redirecciona o erro standard do comando para o ficheiro
foo (sobrescreve) |
comando >> foo |
redirecciona a saída standard do comando para o ficheiro
foo (acrescenta) |
comando 2>> foo |
redireciona o erro standard do comando ao ficheiro
foo (acrescenta) |
comando > foo 2>&1 |
redirecciona ambos saída standard e erro standard do
comando para o ficheiro foo |
comando < foo |
redirecciona a entrada standard do comando ao ficheiro
foo |
comando << delimitador |
redirecciona a entrada standard do comando para as
seguintes linhas até que o "delimitador " seja atingido
(documentar aqui) |
comando <<- delimitador |
redirecciona a entrada standard do comando às seguintes
linhas até que o "delimitador " seja atingido (aqui
documento, os caracteres tab de inicio são retirados das linhas de entrada) |
O sistema Debian é um sistema de multi-tarefa. Os trabalhos em segundo plano
permitem aos utilizadores correrem vários programas numa única shell. A
gestão dos processos em segundo plano envolve os embutidos da shell:
jobs
, fg
, bg
e
kill
. Por favor leia as secções de bash(1) sob "SINAIS",
"CONTROLE DE TAREFAS" e builtins
(1).
Por exemplo, tente o seguinte:
$ </etc/motd pager
$ pager </etc/motd
$ pager /etc/motd
$ cat /etc/motd | pager
Apesar dos 4 exemplos de redireccionamentos de shell mostrarem a mesma
coisa, o último exemplo corre um comando cat
extra e
desperdiça recursos sem nenhuma razão.
A shell permite-lhe abrir ficheiros a usar o exec
embutido com um descritor de ficheiro arbitrário.
$ echo Hello >foo $ exec 3<foo 4>bar # open files $ cat <&3 >&4 # redirect stdin to 3, stdout to 4 $ exec 3<&- 4>&- # close files $ cat bar Hello
O descritores de ficheiro 0-2 são predefinidos.
Tabela 1.24. Descritores de ficheiro predefinido
aparelho | descrição | descritor de ficheiro |
---|---|---|
stdin |
entrada standard | 0 |
stdout |
saída standard | 1 |
stderr |
erro standard | 2 |
Pode definir um nome alternativo (alias) para um comando frequentemente utilizado.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ alias la='ls -la'
Agora, "la
" funciona como atalho para "ls
-la
" o que lista todos os ficheiros no formato de lista longa.
Pode listar quaisquer nomes alternativos existentes com o
alias
(veja bash
(1) sob "COMANDOS
EMBUTIDOS NA SHELL").
$ alias ... alias la='ls -la'
Pode identificar o caminho exacto ou a identidade do comando com
type
(veja bash
(1) sob "COMANDOS
EMBUTIDOS DA SHELL").
Por exemplo, tente o seguinte:
$ type ls ls is hashed (/bin/ls) $ type la la is aliased to ls -la $ type echo echo is a shell builtin $ type file file is /usr/bin/file
Aqui o ls
foi procurado recentemente enquanto o
"file
" não foi, assim o "ls
" tem
"hash", isto é, a shell tem um registo interno para o acesso rápido à
localização do comando "ls
".
Dica | |
---|---|
Em ambientes de trabalho tipo Unix, o processamento de texto é feito ao canalizar texto por cadeias de ferramentas standard de processamento de texto. Esta foi outra inovação crucial do Unix.
Existem algumas ferramentas standard de processamento de texto que são muito usadas nos sistemas tipo Unix.
Não é utilizada nenhuma expressão regular:
cat
(1) concatena ficheiros e escreve o conteúdo inteiro.
tac
(1) concatena ficheiros e escreve-os em reverso.
cut
(1) seleciona partes de linhas e escreve-as.
head
(1) escreve a parte inicial de ficheiros.
tail
(1) escreve a parte final de ficheiros.
sort
(1) organiza as linhas de ficheiros de texto.
uniq
(1) remove linhas duplicadas de um ficheiro
organizado.
tr
(1) traduz ou apaga caracteres.
diff
(1) compara ficheiros linha a linha.
Basic regular expression (BRE) is used as default:
ed
(1) é um editor de linhas primitivo.
sed
(1) é um editor de streams.
grep
(1) faz coincidir texto com padrões.
vim
(1) é um editor de ecrã.
emacs
(1) é um editor de écran. (BRE de certo modo extensa)
É utilizada uma expressão regular extensa (ERE):
awk
(1) faz processamento de texto simples.
egrep
(1) faz coincidir texto com padrões.
tcl
(3tcl) pode fazer todo o processamento de texto
concebível: Veja re_syntax
(3). Bastante usado com
tk
(3tk).
perl
(1) pode fazer todo o processamento de texto
concebível. Veja perlre
(1).
pcregrep
(1) do pacote pcregrep
corresponde texto com padrões Perl Compatible Regular Expressions
(PCRE).
python
(1) com o módulo re
pode fazer
todo o processamento de texto concebível. Veja
"/usr/share/doc/python/html/index.html
".
Se não tiver a certeza do que estes comandos fazem, por favor utilize
"man comando
" para descobri-lo por si.
Nota | |
---|---|
Sort order and range expression are locale dependent. If you wish to obtain traditional behavior for a command, use C locale or C.UTF-8 locale instead of normal UTF-8 ones (see Secção 8.1, “O locale”). |
Nota | |
---|---|
As expressões regulares Perl
( |
As expressões regulares são utilizadas em muitas ferramentas de processamento de texto. São análogas aos "globs" da shell, mas são mais complicadas e poderosas.
A expressão regular descreve o modelo de correspondência e é feita de caracteres de texto e de meta-caracteres.
Um meta-caractere é apenas um caractere com um significado especial. Existem 2 estilos principais, BRE e ERE, a depender das ferramentas de texto conforme descrito acima.
Tabela 1.25. Meta-caracteres para BRE e ERE
BRE | ERE | descrição da expressão regular |
---|---|---|
\ . [ ] ^ $ * |
\ . [ ] ^ $ * |
meta-caracteres comuns |
\+ \? \( \) \{ \} \| |
BRE apenas meta-caracteres 'escapados'
"\ " |
|
+ ? ( ) { } | |
ERE apenas meta-caracteres não
'escapados' "\ " |
|
c |
c |
corresponde a não-meta-caractere
"c " |
\c |
\c |
corresponde a um caractere literal "c " mesmo se
"c " é um meta-caractere por si só |
. |
. |
corresponde a qualquer caractere incluindo nova linha |
^ |
^ |
posição no início de uma cadeia |
$ |
$ |
posição no fim de uma cadeia |
\< |
\< |
posição no início de uma palavra |
\> |
\> |
posição no final de uma palavra |
[abc…] |
[abc…] |
corresponde a quaisquer caracteres em "abc… " |
[^abc…] |
[^abc…] |
corresponde a quaisquer caracteres excepto em "abc… " |
r* |
r* |
corresponde a zero ou mais expressões regulares identificadas por
"r " |
r\+ |
r+ |
corresponde a uma ou mais expressões regulares identificadas por
"r " |
r\? |
r? |
corresponde a zero ou uma expressão regular identificada por
"r " |
r1\|r2 |
r1|r2 |
corresponde a uma das expressões regulares identificadas por
"r1 " ou "r2 " |
\(r1\|r2\) |
(r1|r2) |
corresponde a uma das expressões regulares identificadas por
"r1 " ou "r2 " e trata-as como uma
expressão regular entre colchetes |
A expressão regular do emacs
é basicamente BRE mas foi estendida para tratar
"+
" e "?
" como meta-caracteres como em ERE. Assim, não há necessidade de os 'escapar' com
"\
" na expressão regular do emacs
.
grep
(1) pode ser utilizado para executar a pesquisa de
texto com expressão regular.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ egrep 'GNU.*LICENSE|Yoyodyne' /usr/share/common-licenses/GPL GNU GENERAL PUBLIC LICENSE GNU GENERAL PUBLIC LICENSE Yoyodyne, Inc., hereby disclaims all copyright interest in the program
Dica | |
---|---|
Para a expressão de substituição, alguns caracteres têm significados especiais.
Tabela 1.26. A expressão de substituição
expressão de substituição | descrição do texto para substituir a expressão de substituição |
---|---|
& |
que expressão regular corresponde (use \& no
emacs ) |
\n |
que nº entre colchetes da expressão regular correspondeu (a ser "n" um número) |
Para cadeia de substituição Perl, "$&" é usado em vez de "&" e "$n" é usado em vez de "\n".
Por exemplo, tente o seguinte:
$ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ sed -e 's/\(1[a-z]*\)[0-9]*\(.*\)$/=&=/' zzz=1abc2efg3hij4= $ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ sed -E -e 's/(1[a-z]*)[0-9]*(.*)$/=&=/' zzz=1abc2efg3hij4= $ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ perl -pe 's/(1[a-z]*)[0-9]*(.*)$/=$&=/' zzz=1abc2efg3hij4= $ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ sed -e 's/\(1[a-z]*\)[0-9]*\(.*\)$/\2===\1/' zzzefg3hij4===1abc $ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ sed -E -e 's/(1[a-z]*)[0-9]*(.*)$/\2===\1/' zzzefg3hij4===1abc $ echo zzz1abc2efg3hij4 | \ perl -pe 's/(1[a-z]*)[0-9]*(.*)$/$2===$1/' zzzefg3hij4===1abc
Aqui por favor preste atenção extra ao estilo da expressão regular entre colchetes e como as cadeias correspondentes são utilizadas no processo de substituição de texto nas diferentes ferramentas.
Estas expressões regulares também podem ser utilizadas para movimentos do cursor e acções de substituição de texto em alguns editores.
A barra descendente "\
" no fim da linha na linha de
comandos da shell 'escapa' a nova linha como um caractere de espaço em
branco e continua a entrada na linha de comandos da shell na próxima linha.
Por favor leia todos os manuais relacionados para aprender estes comandos.
O comando ed
(1) pode substituir todas as instâncias de
"FROM_REGEX
" por "TO_TEXT
" em
"file
".
$ ed file <<EOF ,s/FROM_REGEX/TO_TEXT/g w q EOF
O comando sed
(1) pode substituir todas as instâncias de
"FROM_REGEX
" por "TO_TEXT
" em
"file
".
$ sed -i -e 's/FROM_REGEX/TO_TEXT/g' file
O comando vim
(1) pode substituir todas as instâncias de
"FROM_REGEX
" com "TO_TEXT
" em
"ficheiro
" ao usar comandos ex
(1).
$ vim '+%s/FROM_REGEX/TO_TEXT/gc' '+update' '+q' file
Dica | |
---|---|
A flag " |
Múltiplos ficheiros ("ficheiro1
",
"ficheiro2
",e "ficheiro3
") podem ser
processados com expressões regulares à semelhança com
vim
(1) ou perl
(1).
$ vim '+argdo %s/FROM_REGEX/TO_TEXT/gce|update' '+q' file1 file2 file3
Dica | |
---|---|
A bandeira " |
$ perl -i -p -e 's/FROM_REGEX/TO_TEXT/g;' file1 file2 file3
no exemplo perl(1), "-i
" é para edição no-lugar de cada
ficheiro objetivo e "-p
" é para um ciclo implícito a
todos os ficheiros fornecidos.
Dica | |
---|---|
O uso do argumento " |
Nota | |
---|---|
|
Vamos considerar um ficheiro de texto chamado "DPL
" no
qual alguns nomes de líderes de projectos Debian pré-2004 e as suas datas de
iniciação estão listados num formato separado por espaços.
Ian Murdock August 1993 Bruce Perens April 1996 Ian Jackson January 1998 Wichert Akkerman January 1999 Ben Collins April 2001 Bdale Garbee April 2002 Martin Michlmayr March 2003
Dica | |
---|---|
Veja "Uma História Breve de Debian" para o histórico de liderança de Debian mais recente. |
O awk é frequentemente utilizado para extrair dados deste tipo de ficheiros.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ awk '{ print $3 }' <DPL # month started August April January January April April March $ awk '($1=="Ian") { print }' <DPL # DPL called Ian Ian Murdock August 1993 Ian Jackson January 1998 $ awk '($2=="Perens") { print $3,$4 }' <DPL # When Perens started April 1996
Shells como a Bash também podem ser utilizadas para analisar este tipo de ficheiro.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ while read first last month year; do echo $month done <DPL ... same output as the first Awk example
Aqui, o comando embutido read
usa caracteres em
"$IFS
" (separadores de campo internos) para dividir
linhas em palavras.
Se alterar "$IFS
" a ":
", pode analisar
"/etc/passwd
" facilmente com a shell.
$ oldIFS="$IFS" # save old value $ IFS=':' $ while read user password uid gid rest_of_line; do if [ "$user" = "bozo" ]; then echo "$user's ID is $uid" fi done < /etc/passwd bozo's ID is 1000 $ IFS="$oldIFS" # restore old value
(Se o Awk for utilizado para fazer o equivalente, utilize
"FS=':'
" para definir o campo separador.)
O IFS também é usado pela shell para dividir resultados de expansão de parâmetros, substituição de comandos e expansão aritmética. Estas não ocorrem em palavras dentro de citações simples ou duplas. O valor predefinido do IFS é espaço, tab e nova-linha combinados.
Tenha cuidado ao usar estes truques IFS da shell. Podem acontecer coisas estranhas, quando a shell interpreta partes do script como a entrada dela.
$ IFS=":," # use ":" and "," as IFS $ echo IFS=$IFS, IFS="$IFS" # echo is a Bash builtin IFS= , IFS=:, $ date -R # just a command output Sat, 23 Aug 2003 08:30:15 +0200 $ echo $(date -R) # sub shell --> input to main shell Sat 23 Aug 2003 08 30 36 +0200 $ unset IFS # reset IFS to the default $ echo $(date -R) Sat, 23 Aug 2003 08:30:50 +0200
Os seguintes scripts fazem coisas bonitas como parte de um pipe.
Tabela 1.27. Lista de trechos de script para canalizar comandos em pipe
trecho de script (escrito numa linha) | efeito do comando |
---|---|
find /usr -print |
encontra todos os ficheiros sob "/usr " |
seq 1 100 |
escreve 1 até 100 |
| xargs -n 1 command |
corre o comando repetidamente com cada item do pipe como seu argumento |
| xargs -n 1 echo |
divide itens separados por espaços do pipe em linhas |
| xargs echo |
junta todas as linhas do pipe numa linha |
| grep -e regex_pattern |
extrai as linhas do pipe que contêm o padrão_da_expressão_regular |
| grep -v -e regex_pattern |
extrai as linhas do pipe que não contêm o padrão_da_expressão_regular |
| cut -d: -f3 - |
extrai do pipe o terceiro campo separado por ": "
(ficheiro passwd etc.) |
| awk '{ print $3 }' |
extrai do pipe o terceiro campo separado por espaços |
| awk -F'\t' '{ print $3 }' |
extrai do pipe o terceiro campo separado por tab |
| col -bx |
remove os backspace e expande as tabs para espaços |
| expand - |
expande separadores |
| sort| uniq |
organiza e remove duplicados |
| tr 'A-Z' 'a-z' |
converte maiúsculas para minúsculas |
| tr -d '\n' |
concatena linhas numa linha |
| tr -d '\r' |
remove CR |
| sed 's/^/# /' |
adiciona "# " ao inicio de cada linha |
| sed 's/\.ext//g' |
remove ".ext " |
| sed -n -e 2p |
escreve a segunda linha |
| head -n 2 - |
escreve as primeiras duas linhas |
| tail -n 2 - |
escreve as últimas duas linhas |
Um script de shell de uma linha pode fazer ciclos sobre muitos ficheiros a
usar o find
(1) e xargs
(1) para
executar tarefas bastante complicadas. Veja Secção 10.1.5, “Idiomas para a seleção de ficheiros” e Secção 9.4.9, “Repetir um ciclo de comandos sobre ficheiros”.
Quando a utilização dos modos interativos da shell se torna muito complicada, por favor considere escrever um script de shell (veja Secção 12.1, “O script de shell”).
[1] Even the older vim
can starts in the sane
"nocompatible
" mode by starting it with the
"-N
" option.